O fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, está sobre investigação do (MPF) Ministério Público Federal, por suspeita de infração de medida sanitária preventiva.

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Macedo publicou um vídeo na internet no dia 15 de março minorando os ricos da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus.

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“Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás. Satanás trabalha com o medo, o pavor”, afirmou ele. “E quando as pessoas ficam apavoradas, com medo, em dúvida, as pessoas ficam fracas, débeis e suscetíveis”, disse, exibindo um depoimento de um médico que alega que o vírus “não faz mal a ninguém”.

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Depois dessa declaração que aconteceu praticamente no início da pandemia muita coisa mudou. O coronavírus que para o bispo parecia inofensiva, já matou mais de 100 mil pessoas no Brasil.

Até o próprio bispo de 75 anos foi infectado pela doença, e precisou ser internado em um hospital de São Paulo.

O MPF de São Paulo pediu a quebra do sigilo do perfil do facebook e Youtube de Edir Macedo para apurar se houve crime nas declarações.

De acordo com o artigo 268 do Código Penal, a infração de medida sanitária de prevenção prevê de um mês aum ano de detenção, além de multa, para quem “infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa”.

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A assessoria de imprensa da Igreja Universal do Reino de Deus, se pronunciou e disse que o bispo não tem conhecimento da investigação e que entende que “não houve nenhum crime” na fala de edir Macedo.

“A declaração do líder espiritual da Universal, dada em ambiente religioso, foi tirada do contexto e deturpada pela imprensa”, afirma a nota. “A Universal reafirma que tem respeitado, com rigor, todas as determinações do Ministério da Saúde e das autoridades locais, no combate à propagação da Covid-19. Todos os esclarecimentos serão prestados à Justiça”, concluiu.