O deputado federal Pastor Gil (PL-MA) está sendo investigado pela Polícia Federal por suposta participação em um esquema de corrupção envolvendo a venda de emendas parlamentares. Segundo as investigações, ele, juntamente com outros deputados do Partido Liberal, teria solicitado propinas em troca da destinação de recursos federais a municípios, principalmente no Maranhão.

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A investigação aponta que Pastor Gil, ao lado dos deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE), usava sua influência para direcionar emendas parlamentares para prefeituras, exigindo a devolução de uma porcentagem dos valores para os parlamentares e seus aliados. Prefeitos que se recusavam a participar do esquema eram ameaçados e sofriam retaliações políticas.

Em um dos casos citados no inquérito, o ex-prefeito de São José de Ribamar (MA), Eudes Sampaio, relatou que foi pressionado a repassar 25% dos recursos destinados à saúde do município. Diante da negativa, ele teria recebido ameaças contra sua integridade física e a de seus familiares.

A Polícia Federal obteve mensagens que mostram conversas entre os investigados. Em uma delas, Pastor Gil sugere uma reunião com o prefeito para negociar a emenda, mas Josimar Maranhãozinho alerta que o encontro poderia ser registrado por câmeras de segurança, indicando preocupação com o monitoramento das autoridades.

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Diante das evidências, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra os três parlamentares, acusando-os dos crimes de organização criminosa e corrupção passiva. A análise da denúncia está sob responsabilidade do ministro Cristiano Zanin, da Primeira Turma do STF.

Quem é Pastor Gil?

Gildenemir de Lima Sousa, conhecido como Pastor Gil, é natural de São Luís, Maranhão, e nasceu em 8 de novembro de 1971. Antes de ingressar na política, atuou como pastor evangélico e jornalista. Foi eleito deputado federal pelo PL e desde então tem se destacado na defesa de pautas conservadoras, especialmente ligadas à liberdade religiosa e aos direitos da família tradicional.

No Congresso, Pastor Gil integrou diversas comissões, incluindo as de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e de Educação. No entanto, sua atuação tem sido alvo de polêmicas, especialmente após as denúncias sobre sua suposta ligação com esquemas ilícitos.

Defesa do parlamentar

A defesa de Pastor Gil nega as acusações e afirma que ele não cometeu nenhuma irregularidade. Em nota, os advogados do deputado alegam que ele aguarda o julgamento da denúncia e está confiante de que os esclarecimentos apresentados provarão sua inocência.