Um grupo de ex-líderes, membros da diretoria e ex-funcionários do ministério Lifestyle Christianity publicou uma carta aberta à Igreja com graves acusações contra o pastor Todd White, figura conhecida internacionalmente por sua atuação no evangelismo de rua e pregação sobre milagres e sinais sobrenaturais. O documento, assinado por pessoas que conviveram de perto com White por anos, detalha uma série de comportamentos que, segundo eles, desqualificam o pastor como líder cristão.

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“Escrevemos esta carta não por amargura, mas para proteger outros”, afirmam os autores, que declaram ter tentado, repetidamente, responsabilizar Todd White por suas atitudes. “Nosso maior desejo é que Todd se arrependa sinceramente, retorne ao seu propósito e caminhe em humildade.”

Apesar do texto enfatizar que as críticas não são relacionadas à doutrina de dons espirituais ou milagres, o grupo levanta sérias questões sobre a integridade e o caráter do pastor. A seguir, estão listadas todas as denúncias apresentadas na carta:

Principais denúncias contra Todd White:

  1. Mentiras constantes e manipulação emocional

    • Todd prega sobre liberdade do pecado, mas, segundo os denunciantes, é “o mais prolífico mentiroso” com quem já conviveram.

    • Ele teria criado histórias falsas, exagerado testemunhos e manipulado narrativas para se proteger.

    • Costuma se vitimizar quando confrontado e é descrito como alguém que mente até sobre mentir.

  2. Pressão por testemunhos e manipulação de histórias

    • Segundo os relatos, ele pressiona pessoas a contarem testemunhos, que são registrados e usados para autopromoção.

  3. Violência doméstica

    • Acusado de ter agredido fisicamente uma de suas filhas, resultando em um olho roxo.

  4. Ambiente de trabalho tóxico

    • Quatro equipes executivas deixaram o ministério nos últimos quatro anos.

    • Diversos funcionários teriam saído por causa do comportamento controlador de White.

  5. Uso indevido de doações

    • Foi documentado o uso indevido de:

      • US$ 20 mil supostamente destinados a um colete médico, que nunca foi comprado.

      • US$ 100 mil para o ministério infantil, que nunca recebeu melhorias e foi encerrado.

    • Também usou recursos do ministério para contratar segurança particular.

  6. Desvio de recursos para uso pessoal

    • Teria solicitado que ministérios parceiros fizessem cheques diretamente em seu nome, contrariando o protocolo do conselho administrativo.

  7. Difamação de ex-colaboradores

    • Criava versões falsas sobre a saída de funcionários e os acusava de má conduta e roubo para desacreditar críticas.

  8. Falta de prestação de contas

    • Recusava-se a ser supervisionado, mesmo por membros da diretoria.

    • Quando confrontado, removia quem tentava responsabilizá-lo.

  9. Mentiras envolvendo figuras públicas

    • Disse publicamente que o teólogo Michael Brown revisava suas pregações semanalmente, o que foi desmentido pelo próprio Brown.

  10. Abuso de autoridade para benefício pessoal

    • Coagia funcionários a realizar tarefas particulares e usava a frase “Deus disse” para justificar decisões manipuladoras.

  11. Mentiras sobre agenda pessoal

    • Dizia estar com doadores enquanto, na realidade, estava em outros lugares.

  12. Uso comercial da fé

    • Tentou trazer o avivamento do seminário de Asbury para seu ministério como forma de aliviar crises financeiras.

  13. Prioridade ao dinheiro em eventos

    • Cancelava compromissos para pregar em eventos que pagavam cachês maiores.

  14. Fofocas e revelação de segredos alheios

    • Espalhava informações pessoais sobre amigos do ministério, incluindo problemas conjugais e familiares.

  15. Exigências extravagantes

    • Irritava-se ao não receber tratamento VIP em igrejas parceiras.

    • Recusava voar em classe econômica.

  16. Mentiras sobre saúde

    • Declarou ter sido curado de apneia do sono, mas não foi.

    • Disse que ficou “sarado” por orientação divina, mas usou lipossucção e reposição hormonal.

  17. Hipocrisia em práticas pessoais

    • Condenava o uso de cafeína publicamente, mas consumia bebidas energéticas.

    • Omitia o uso de suplementos durante jejuns, para parecer mais espiritual.

  18. Falsas demonstrações de generosidade

    • Dava presentes caros diante das câmeras, mas usava dinheiro do ministério para reembolsar-se.

  19. Assédio institucional

    • Impunha NDAs (acordos de confidencialidade) como condição para pagar indenizações a ex-funcionários.

 “Influência perigosa e fé abalada”

Os autores da carta enfatizam que a maior parte das pessoas impactadas pelo ministério Lifestyle Christianity começaram com intenção sincera, mas saíram manipuladas, desiludidas e emocionalmente destruídas.

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“Ele prega ousadia, mas vive com medo. Projeta pureza, mas opera com controle e ego. Manipula usando a fé alheia como ferramenta”, diz um dos trechos mais duros da carta.

O grupo afirma que, mesmo diante de tantas evidências, líderes de grandes ministérios se recusam a considerar as denúncias por não envolverem escândalos sexuais. Para eles, isso apenas perpetua o que chamam de “cristianismo de celebridade”, onde o carisma suplanta o caráter.

“Esperamos que Todd White encontre arrependimento e restauração verdadeira, e que a Igreja se liberte dessa cultura de promoção pessoal que tanto tem ferido seus membros”, conclui o texto.

Até o momento, Todd White não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias. A carta vem ganhando repercussão internacional entre líderes cristãos e membros de ministérios que acompanham o evangelista.